21 de janeiro de 2009

História de uma Gota de Água

Competência:Desenvolver o conhecimento do léxico.
Actividades: Partindo do texto "História de uma Gota de Água", de Vaz da Silva, construir um mapa semântico; Partindo da mapa semântico, reinventar a história.
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História de uma gotinha de água

Era uma vez uma gotinha de água que vivia num imenso oceano...
Estava ela a apanhar banhos de sol, quando começou a sentir-se mais leve à medida que o sol aquecia... até que se sentiu a elevar no espaço…
Reparou então que não era só ela que estava na atmosfera; outras gotinhas iam com ela...
Subiram... subiram... subiram... até que pararam! Ali estava muito frio e, por isso mesmo, juntaram-se umas às outras, para lhe resistirem!...
- Oh! - pensou a gotinha... - Mas nós é que formamos as nuvens!...
De repente, um sopro de vento afastou-a, mostrando agora algo muito diferente daquilo a que estava habituada…
Que lindo era!... Enormes e esguias praias estendiam-se como lençóis...
A temperatura começou a tornar-se cada vez mais fria, e ela, sentindo-se (sem saber como) cada vez mais pesada, deu por si a descer vertiginosamente através do espaço!...
De repente, qual não é o seu espanto, vê-se a cair, com algumas companheiras, no meio de águas tumultuosas que engrossavam à medida que elas caíam - era um rio!...
O rio descia, descia, para, de repente, se espalhar numa vasta superfície de água - nem mais nem menos, o mar donde elas tinham saído alguns dias antes!. .. Era fantástico!...
Então é que elas souberam que nem todas tinham seguido o mesmo caminho! Umas tinham caído nos campos, outras nos rios e outras nas montanhas; e enquanto umas tinham caído da mesma forma que tinham subido, outras, com o tremendo frio, tinham-se transformado em autênticos corpos sólidos... pareciam pedras pequeninas espalhadas no chão!... Mas outras ainda tinham vivido uma experiência lindíssima, mas muito fria: tinham caído sob a forma de flocos de neve que desciam lentamente num bailado maravilhoso como se fossem lindas bailarinas, muito leves, cristalinamente vestidas de branco! Que sonho!...

Vaz da Silva,
História de Uma Gota de Água,
Edições Afrontamento (adaptado)

Act. I - Mapeamento da história


.Act. II - Reinventar a história


Eu, uma gotinha de água

Lá estava eu a brincar com as algas, as anémonas, os corais, os peixes e mesmo com outras gotinhas de água no fundo do mar. Lá mesmo no fundo havia peixes coloridos que saltavam fora de água, as medusas parecendo bailar jogavam à apanhada, as algas que nadavam por entre os corais brincavam às escondidas. Mas que lindo era! Todos se divertiam, e eu e as minhas irmãs andávamos no meio das brincadeiras. Era assim no fundo do mar.
Mas um dia tentei ter outra aventura, pedi ao vento que me levasse a mim e às minhas irmãs em direcção às nuvens. Eu queria ajudar as crianças e as plantas a crescerem bem. Lá nas nuvens era uma vida diferente e nada era colorido, não conseguíamos brincar pois não era possível movermo-nos.
Um dia, a nuvem que já estava saturada de água rebentou e nós começamos a cair umas de cada vez.
Adivinhem onde fui parar e algumas das minhas irmãs: umas nas plantas e eu em cheio no poço de uma família pobre. Quando as pessoas abriram a torneira não lhes cai só uma gotinha, caiu-lhe montes de gotinhas de água, umas em cima das outras. E foi assim que eu quis sempre viver aquela aventura.
Passados alguns dias, fui para baixo da terra e lá em baixo não parava de me infiltrar, até que cheguei ao castelo do diamante onde vivia o rei das terras férteis. Nós, ansiosas por conhecer quem lá vivia, entramos e vimos um local cheio de luz. Conhecemos o rei e este disse-nos que podíamos viver para sempre aquela maravilhosa aventura, que era podermos ajudar a fertilizar as terras.


Eduardo Machado
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14 de janeiro de 2009

Um Dia Maravilhoso de Neve

Competência: Praticar a leitura por prazer.
Actividades: Elaborar textos, individual e/ou colectivamente, sobre a neve; Publicitar o(s) texto(s) de forma a desenvolver o gosto pela leitura e pela escrita.



No dia 9 de Janeiro de 2009 aconteceu um fenómeno extraordinário e absolutamente maravilhoso. Pela primeira vez, desde que eu nasci, vi nevar.
Enquanto caminhava junto com a minha mãe em direcção à escola, mais precisamente quando atravessava a passadeira, de repente, senti alguns flocos de neve a cair lentamente sobre a minha cabeça e as minhas roupas. De imediato, a minha mãe muito admirada, exclamou:
- Olha Miguel, está a nevar!
Surpreendidos com tal acontecimento, estendemos as nossas mãos e tentámos tocá-la. Apesar de ela cair em pouca quantidade, deu para eu sentir a leveza destes maravilhosos flocos macios, bem como observar a sua brancura extrema.
Quando cheguei à escola, as pessoas que lá se encontravam, olhavam estupefactas para o céu e diziam alegremente:
- Está a nevar! Está a nevar!
Logo que tocou, eu e os meus colegas, subimos rapidamente as escadas e quando chegámos à nossa sala de aula, cumprimentamos a nossa professora e todos eufóricos, dirigimo-nos imediatamente para as janelas, para olhar com atenção aquele cenário maravilhoso. À medida que observávamos esta linda paisagem, a professora comentava:
- Aproveitem bem a neve! Ela não dura sempre! À mais de vinte anos, que não caia neve em Braga! Que coincidência, pois nós estamos a aprender o ciclo e os fenómenos da água.
Um pouco mais tarde, a nossa professora deixou-nos fazer uma pequena pausa e saímos todos para o exterior, para que pudéssemos aproveitar tamanha beleza. Já no recreio divertimo-nos a valer: recolhemos bocados de neve, fizemos bolas de diversos tamanhos, os quais serviram para atirar uns aos outros, jogámos futebol sem bola, etc..
De seguida, voltamos para a sala e começamos as nossas tarefas escolares, onde aprendemos o fenómeno da precipitação. No intervalo principal, como não tínhamos autorização para sair para o exterior, todos os alunos começaram a gritar com emoção:
- Queremos ir lá para fora! Queremos ir lá para fora!
A persistência era tanta que a funcionária viu-se obrigada a permitir a nossa saída para o recreio, onde voltámos a brincar com grande entusiasmo, pois já era possível pegar melhor na neve. De regresso à sala, retomamos as nossas tarefas: fizemos um pequeno texto sobre a neve e pintamos também um desenho.
Quando saí para almoçar, no caminho para casa, recolhi pedaços de neve e fiz uma pequena bola. Já em casa, pedi à minha mãe para a colocar no frigorifico, para que eu pudesse verificar, quanto tempo demoraria a derreter, o que veio a acontecer no final do dia.
Para termos uma recordação deste dia fantástico a professora tirou fotografias e a minha mãe resolveu filmar um pouquinho desta linda paisagem.
Para mim, foi o dia mais estupendo da minha vida.

Miguel – 9 anos



Neve

A neve caiu e disse:
Gosto de ti!
E o branco colou-se ao chão,
Cobrindo a montanha
e a rua,
O branco sorriu
ficando mais brilhante,
feliz, contente e cheio de alegria,
E a neve envergonhada derreteu.


Turma 16

Mais sobre o Inverno?