18 de março de 2009

Miguel recebe uma prenda

Competência: Desenvolver processos básicos de compreensão da leitura.
Actividades: Exercícios de avaliação de processos integrativos e macroprocessos; Correcção colectiva dos exercícios realizados, com análise/debate das respostas divergentes.

Act. I - Lê o seguinte texto:

Miguel recebe uma prenda

Numa grande cidade, onde as ruas eram tão cumpridas que pareciam não ter fim e os prédios tão altos que quase tocavam as nuvens e onde automóveis, camionetas, autocarros, motas e bicicletas corriam em longas, longas filas, e onde as pessoas formigavam apressadamente para cá e para lá, vivia num bairro pobre, num sexto andar, porta 5, o pequeno Miguel com a mãe.
A mãe passava oito horas por dia numa fábrica de gabardinas a pregar botões. Nessas
horas Miguel ficava sozinho em casa ou descia à rua para tomar parte nas brincadeiras dos meninos.(...)
Certo dia, quando Miguel se encontrava sentado na borda do passeio a desenhar as suas figuras sobre o pavimento, parou diante dele uma mulher que lhe estendeu uma caixa.
- Tenho-te visto a desenhar nas pedras da rua – disse. Toma lá esta caixa de tintas.
Miguel abriu a caixa e olhou surpreendido para as várias filas de bisnagas, ordeiramente alinhadas. Espremeu um pouco de tinta espessa de algumas delas para o interior da tampa.Depois pegou no pincel, virou-o entre os dedos e sentiu-os estremecer como se o pincel os electrizasse.
«Quero pintar», pensou, «quero pintar já».

Ilse Losa,
O Expositor,
Edições Afrontamento (com supressões)
Act. II - Agora, responde às questões seguintes:

1 - Inferir relações.
2 - Identificar as ideias principais.3 - Compreender referentes.


Act. III - Análise /debate das respontas divergentes.

Orientados pela professora, cada aluno diz a resposta dada. No quadro, não assinaladas as que não merecem consenso, mas para as quais a turma deverá encontrar a resposta mais adequada.

11 de março de 2009

O vento passou

Competência: Desenvolver competências específicas de compreensão de textos.
Actividades: Registo de marcas explícitas - os referentes - entre as proposições ou frases.
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O vento passou
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O vento passou
O vento passou.
Levantou a saia às flores,
assoprou as nuvens,
espalhou a chuva,
disse adeus à estrela de papel.

Beijou uma onda,
levou uma folha,
conversou com os meninos,
e, já cansado, adormeceu
no colo da noite.

Raquel Delgado


1 - O texo "O vento passou" é rico em nomes. No entanto, frequentemente substituímos os nomes. Nas frases seguintes, em vez de nomes, utiliza pronomes pessoais.
2 - Continua.

3 - Agora, usa pronomes possessivos.


4 - E agora, pronomes demonstrativos.

4 de março de 2009

Marcador de livros

Competência: Preparar e realizar uma actividade com procedimentos sequenciais (textos instrucionais).
Actividades - Construção de um marcador de livros: Diálogo colectivo sobre a função de um marcador de livros; Apresentação do texto com as indicações de construção do marcador; Referência à importância do marcador especial de livros a construir; Identificação dos materiais necessários; Identificação das possíveis acções a realizar; Leitura individual da 1ª etapa; Leitura individual de cada uma das etapas seguintes e respectiva execução; Personalização do marcador; Após a leitura e construção do marcador de livros, os alunos registam numa tabela as possíveis acções que realizaram na tarefa; Escolha de uma história na biblioteca de turma para ler e usar o marcador; Leitura individual da história seleccionada na biblioteca de turma e usar o marcador construído.
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1 - Após a leitura e construção do marcador de livros, os alunos registam numa tabela as possíveis acções que realizaram na tarefa.
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2 - Escolha de uma história na biblioteca de turma para ler e usar o marcador.

18 de fevereiro de 2009

A Borboleta

Competência: Desenvolver competências específicas de poemas.
Actividades: Explorar o ritmo e as sonoridades da língua: Após a leitura, os alunoscopiam o poema, utilizando uma cor para os nomes e outra para os verbos que se repetem no poema; Depois, escrevem com outras cores, os sons semelhantes que se encontram nas palavras do fim dos versos; Registo, numa tabela, dos resultados da tarefa; Reescrita do poema, preenchendo os espaços em brancos com outras palavras que rimem e que confiram ao texto.

Act. I - Após leitura, os alunos copiam o poema, utilizando uma cor para os nomes e outra para os verbos que se repetem no poema.

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A Borboleta

Era uma vez uma menina
Tão cheiinha de calor
Abanava um abaninho
Como se fosse uma flor

Como se fosse uma flor
Uma rosa ou uma violeta
E em volta dela voasse
Feliz uma borboleta

E veio a mãe veio o pai
E disseram: Filha minha!
Não te canses a abanar
Ligamos a ventoinha!

Veio o avô veio a avó
Com ar consternado:
Não te canses a abanar
Pomos o ar condicionado!

Param as mãos da menina
Uma rosa ou uma violeta
E em suas mãos pequeninas
Adormece a borboleta.


Matilde Rosa Araújo,
As fadas verdes, Civilização Editora


Act. II - Depois, escrevem com outras cores, os sons semelhantes que se encontram nas palavras do fim dos versos.


A Borboleta


Era uma vez uma menina
Tão cheiinha de calor
Abanava um abaninho
Como se fosse uma flor

Como se fosse uma flor
Uma rosa ou uma violeta
E em volta dela voasse
Feliz uma borboleta

E veio a mãe veio o pai
E disseram: Filha minha!
Não te canses a abanar
Ligamos a ventoinha!

Veio o avô veio a avó
Com ar consternado:
Não te canses a abanar
Pomos o ar condicionado!

Param as mãos da menina
Uma rosa ou uma violeta
E em suas mãos pequeninas
Adormece a borboleta.



Matilde Rosa Araújo,
As fadas verdes, Civilização Editora


Act. III - Registo, numa tabela, dos resultados da tarefa.
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Act. IV - Reescrita do poema, preenchendo os espaços em branco com outras palavras que rimem e que confiram sentido ao texto.


A Borboleta


Era uma vez uma borboleta
Tão cheiinha
de beleza
Abanava um laçarote
Como se fosse
uma princesa

Como se fosse
uma princesa
Uma rosa
perfumada
E em volta dela
cantava
Feliz uma
cigarra

E veio a mãe
encantada
E disse: filha
amada
Não te canses
de voar
Ligamos a
imaginação

Veio o avô
sonhador
Com ar
de escritor
Não te canses
de voar
Pomos o ar a funcionar

Param nas mãos
leves
Uma rosa
encarnada
E em suas mãos
delicadas
Adormece a minha amada.


EB1 Gandra Ferreiros
Turma 16

11 de fevereiro de 2009

O sável e a enguia

Competência: Sintetizar a informação tratada no texto informativo sobre duas espécies de peixes (sável e enguia).
Actividades - Síntese organizada da informação: após a leitura de dois textos, pedir aos alunos que sintetizem a informação na ficha de registo por categorias: O que já sabia sobre o assunto; O que aprendi com a leitura dos textos; O que tive dificuldade em compreender; O que gostava ainda de aprender sobre o tema; Onde posso procurar mais informação sobre o tema.


.Ficha de Registo
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Queres saber mais sobre o sável ... então clica aqui
E sobre a enguia? ... clica aqui

4 de fevereiro de 2009

O Segredo do Rio

Competência: Desenvolver a compreensão de textos narrativos.
Actividades: Partindo do livro "O Segredo do Rio" de Miguel Sousa Tavares, construir o mapeamento da história para o reconto com suporte visual: preenchimento escrito das "caixas" referentes às personagens, aos contextos, ao problema e ao objectivo de resolução, aos episódios e à forma de resolução encontrada.
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Act.I - Mapeamento da história.
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Act. II - Reconto escrito com suporte visual
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O Segredo do rio

Era uma vez um rapaz que gostava de nadar num pequeno ribeiro, havia muitas árvores de fruto: as laranjeiras davam laranjas, as macieiras davam maçãs. Outras árvores velhas e grandes: o castanheiro dava castanhas, as nogueiras davam nozes.
O rapaz todos os dias ia tomar banho ao ribeiro, deitava-se numa pequena praia de areia grossa. Um dia, o rapaz deitado na areia ouviu um barulho, era um javali com as suas presas bem afiadas que pareciam facas, que trazia com ele os seus filhotes, o rapaz muito assustado, a tremer de medo esperou que o animal se fosse embora, mas eles foram beber água, e finalmente foram-se embora.
Mas a aventura do menino ainda estava para vir. No Verão o rapaz estava deitado na pequena praia de areia que ouviu um barulho que vinha debaixo de água, o rapaz muito admirado aproximou-se de água e um peixe deu um grande salto, o peixe foi para dentro de água para respirar e logo de seguida o peixe pôs a sua grande cabeça a superfície da água e disse:
- Olá, moras aqui?
- Vi-vi-vo - disse o menino a gaguejar.
O menino e o peixe conheceram-se melhor e, passado algum tempo o menino tem ido nadar aquele ribeiro perto da casinha do menino.
Algumas semanas depois chegou o Outono e aconteceu uma coisa terrível. Tudo secou: as árvores secaram e deixaram de dar frutos, e as pessoas deixaram de ter comida, não tinham alimentos.
Os pais do rapaz desesperados com a situação, pensaram o que haviam de dar aos seus filhos.
Não podiam matar o porco, pois ele não tinha engordado, a carne não era suficiente para dois meses. O rapaz foi para a cama, passado alguns minutos. A mãe disse ao pai que tinha visto uma carpa enorme, que pesava dois ou três quilos.
- Podes montar a rede ou pões um tronco a frente do ribeiro: - disse a mãe.
O rapaz, no fim desta conversa, foi contar ao peixe da terrível situação. O peixe ficou triste por ter que se ir embora, pois não tinha outra solução.
As despedidas foram rápidas, o rapaz teve que se despedir do seu melhor amigo. Foi para a cama triste mas aliviado por não ver o seu amigo peixe a ser comido.
No dia seguinte, o pai entrou em casa e disse à mulher que a carpa gigantesca já não morava lá. O jantar desse mesmo dia foi triste! O menino foi para a cama, mas não conseguia dormir, logo de seguida ele ouviu um baralho que parecia ser um salto de um peixe. Levantou-se logo da cama e foi a janela ver o que se passava na água, viu o seu amigo peixe!
Foi ter com ele, entrou na água de pijama e pantufas, roçou-se ao peixe sentido as escamas do seu amigo e perguntou-lhe o que fazia ali! O peixe respondeu:
- Venho viver para aqui se não te importas?
- Mas, se o meu pai te vier pescar!
- Mas isso não vai acontecer porque eu trouxe alimentos para vocês, deve ser difícil ver os filhos a não terem nada para comer: - disse o peixe.
No dia seguinte os dois amigos puxaram a rede para a margem, o menino foi avisar o pai que já tinham alimento para eles, o pai contente por este acto do peixe deixou-o ficar a viver ali.
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Paulo Rodrigues
Miguel Oliveira
Tiago Martins
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Agora que conheces "O Segredo do Rio", queres entrar num jogo? ...Então clica aqui

21 de janeiro de 2009

História de uma Gota de Água

Competência:Desenvolver o conhecimento do léxico.
Actividades: Partindo do texto "História de uma Gota de Água", de Vaz da Silva, construir um mapa semântico; Partindo da mapa semântico, reinventar a história.
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História de uma gotinha de água

Era uma vez uma gotinha de água que vivia num imenso oceano...
Estava ela a apanhar banhos de sol, quando começou a sentir-se mais leve à medida que o sol aquecia... até que se sentiu a elevar no espaço…
Reparou então que não era só ela que estava na atmosfera; outras gotinhas iam com ela...
Subiram... subiram... subiram... até que pararam! Ali estava muito frio e, por isso mesmo, juntaram-se umas às outras, para lhe resistirem!...
- Oh! - pensou a gotinha... - Mas nós é que formamos as nuvens!...
De repente, um sopro de vento afastou-a, mostrando agora algo muito diferente daquilo a que estava habituada…
Que lindo era!... Enormes e esguias praias estendiam-se como lençóis...
A temperatura começou a tornar-se cada vez mais fria, e ela, sentindo-se (sem saber como) cada vez mais pesada, deu por si a descer vertiginosamente através do espaço!...
De repente, qual não é o seu espanto, vê-se a cair, com algumas companheiras, no meio de águas tumultuosas que engrossavam à medida que elas caíam - era um rio!...
O rio descia, descia, para, de repente, se espalhar numa vasta superfície de água - nem mais nem menos, o mar donde elas tinham saído alguns dias antes!. .. Era fantástico!...
Então é que elas souberam que nem todas tinham seguido o mesmo caminho! Umas tinham caído nos campos, outras nos rios e outras nas montanhas; e enquanto umas tinham caído da mesma forma que tinham subido, outras, com o tremendo frio, tinham-se transformado em autênticos corpos sólidos... pareciam pedras pequeninas espalhadas no chão!... Mas outras ainda tinham vivido uma experiência lindíssima, mas muito fria: tinham caído sob a forma de flocos de neve que desciam lentamente num bailado maravilhoso como se fossem lindas bailarinas, muito leves, cristalinamente vestidas de branco! Que sonho!...

Vaz da Silva,
História de Uma Gota de Água,
Edições Afrontamento (adaptado)

Act. I - Mapeamento da história


.Act. II - Reinventar a história


Eu, uma gotinha de água

Lá estava eu a brincar com as algas, as anémonas, os corais, os peixes e mesmo com outras gotinhas de água no fundo do mar. Lá mesmo no fundo havia peixes coloridos que saltavam fora de água, as medusas parecendo bailar jogavam à apanhada, as algas que nadavam por entre os corais brincavam às escondidas. Mas que lindo era! Todos se divertiam, e eu e as minhas irmãs andávamos no meio das brincadeiras. Era assim no fundo do mar.
Mas um dia tentei ter outra aventura, pedi ao vento que me levasse a mim e às minhas irmãs em direcção às nuvens. Eu queria ajudar as crianças e as plantas a crescerem bem. Lá nas nuvens era uma vida diferente e nada era colorido, não conseguíamos brincar pois não era possível movermo-nos.
Um dia, a nuvem que já estava saturada de água rebentou e nós começamos a cair umas de cada vez.
Adivinhem onde fui parar e algumas das minhas irmãs: umas nas plantas e eu em cheio no poço de uma família pobre. Quando as pessoas abriram a torneira não lhes cai só uma gotinha, caiu-lhe montes de gotinhas de água, umas em cima das outras. E foi assim que eu quis sempre viver aquela aventura.
Passados alguns dias, fui para baixo da terra e lá em baixo não parava de me infiltrar, até que cheguei ao castelo do diamante onde vivia o rei das terras férteis. Nós, ansiosas por conhecer quem lá vivia, entramos e vimos um local cheio de luz. Conhecemos o rei e este disse-nos que podíamos viver para sempre aquela maravilhosa aventura, que era podermos ajudar a fertilizar as terras.


Eduardo Machado
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14 de janeiro de 2009

Um Dia Maravilhoso de Neve

Competência: Praticar a leitura por prazer.
Actividades: Elaborar textos, individual e/ou colectivamente, sobre a neve; Publicitar o(s) texto(s) de forma a desenvolver o gosto pela leitura e pela escrita.



No dia 9 de Janeiro de 2009 aconteceu um fenómeno extraordinário e absolutamente maravilhoso. Pela primeira vez, desde que eu nasci, vi nevar.
Enquanto caminhava junto com a minha mãe em direcção à escola, mais precisamente quando atravessava a passadeira, de repente, senti alguns flocos de neve a cair lentamente sobre a minha cabeça e as minhas roupas. De imediato, a minha mãe muito admirada, exclamou:
- Olha Miguel, está a nevar!
Surpreendidos com tal acontecimento, estendemos as nossas mãos e tentámos tocá-la. Apesar de ela cair em pouca quantidade, deu para eu sentir a leveza destes maravilhosos flocos macios, bem como observar a sua brancura extrema.
Quando cheguei à escola, as pessoas que lá se encontravam, olhavam estupefactas para o céu e diziam alegremente:
- Está a nevar! Está a nevar!
Logo que tocou, eu e os meus colegas, subimos rapidamente as escadas e quando chegámos à nossa sala de aula, cumprimentamos a nossa professora e todos eufóricos, dirigimo-nos imediatamente para as janelas, para olhar com atenção aquele cenário maravilhoso. À medida que observávamos esta linda paisagem, a professora comentava:
- Aproveitem bem a neve! Ela não dura sempre! À mais de vinte anos, que não caia neve em Braga! Que coincidência, pois nós estamos a aprender o ciclo e os fenómenos da água.
Um pouco mais tarde, a nossa professora deixou-nos fazer uma pequena pausa e saímos todos para o exterior, para que pudéssemos aproveitar tamanha beleza. Já no recreio divertimo-nos a valer: recolhemos bocados de neve, fizemos bolas de diversos tamanhos, os quais serviram para atirar uns aos outros, jogámos futebol sem bola, etc..
De seguida, voltamos para a sala e começamos as nossas tarefas escolares, onde aprendemos o fenómeno da precipitação. No intervalo principal, como não tínhamos autorização para sair para o exterior, todos os alunos começaram a gritar com emoção:
- Queremos ir lá para fora! Queremos ir lá para fora!
A persistência era tanta que a funcionária viu-se obrigada a permitir a nossa saída para o recreio, onde voltámos a brincar com grande entusiasmo, pois já era possível pegar melhor na neve. De regresso à sala, retomamos as nossas tarefas: fizemos um pequeno texto sobre a neve e pintamos também um desenho.
Quando saí para almoçar, no caminho para casa, recolhi pedaços de neve e fiz uma pequena bola. Já em casa, pedi à minha mãe para a colocar no frigorifico, para que eu pudesse verificar, quanto tempo demoraria a derreter, o que veio a acontecer no final do dia.
Para termos uma recordação deste dia fantástico a professora tirou fotografias e a minha mãe resolveu filmar um pouquinho desta linda paisagem.
Para mim, foi o dia mais estupendo da minha vida.

Miguel – 9 anos



Neve

A neve caiu e disse:
Gosto de ti!
E o branco colou-se ao chão,
Cobrindo a montanha
e a rua,
O branco sorriu
ficando mais brilhante,
feliz, contente e cheio de alegria,
E a neve envergonhada derreteu.


Turma 16

Mais sobre o Inverno?